30 abril 2012

Resenha: Romeu e Julieta

Romeu e Julieta
William Shakespeare
Título original: The tragedy of Romeo and Juliet
Tradução de F. Carlos de Almeida Cunha Medeiros e Oscar Mendes
Sinopses, Dados Históricos e Notas de F. Carlos de Almeida Cunha Medeiros
Círculo do Livro e Nova Cultural Ltda
São Paulo-1993


Sinopse (F. Carlos de Almeida Cunha Medeiros)
Tudo começa em Verona, onde duas poderosas famílias eram inimigas de morte . Capuletos, de um lado, e Montecchios, de outro, viviam em constantes guerras, do senhor ao menor dos servidores. Cansado dessas querelas que prejudicavam à vida dos habitantes da cidade, Escalo; Príncipe de Verona, declara que qualquer atentado ao sossego e à paz seria punido com a morte do ofensor. Vivendo abismado em seu amor pela jovem Rosalina, Romeu, filho de Montecchio, vai aconselhar-se com seu parente  Benvólio, o qual acha que ele deve procurar esquecer o objeto de seus amores e, para isso, deveria ir, encoberto por uma máscara, ao baile dos Capuletos. Romeu assim o faz. Tendo conseguido penetrar na casa dos inimigos de sua família, lá se vê logo atraído por uma jovem de extrema formosura e, sabendo tratar-se de Julieta, filha de Capuleto, sente-se desapontado pensando na inutilidade de sua nova paixão. Entretanto, Julieta, agindo da mesma maneira que Romeu, pergunta pelo nome do jovem por quem, também, se sente logo atraída e fica sabendo tratar-se de alguém inimigo de sua família, com a qual seu pai nunca a deixaria casar-se. Enquanto isso se dava, Teobaldo, da família dos Capuletos, reconhece Romeu, mas é impedido de fazer qualquer dano ao intruso pelo velho Capuleto que, respeitador das leis da hospitalidade, não lhe permite desprestigiá-las.
Conseguindo penetrar no jardim dos Capuletos, o apaixonado Romeu ouve a confissão de Julieta, que não podendo fazê-la pessoalmente ao seu amado, conta à estrelas sua paixão. Romeu revela sua presença à Julieta e, dominados pela paixão, resolvem casar-se . No dia seguinte, na cela do Frei Lourenço é realizado o enlace, pois o franciscano, amigo de Romeu, pensa que, com aquela cerimônia, poderia fazer a paz entre as duas famílias.
De volta da cerimônia,Romeu encontra seus amigos. Benvólio e Mercúrio, em briga com Teobaldo que estava a procura de Romeu para tomar-lhe satisfação pela sua ingerência no baile. Imediatamente, Teobaldo desafia Romeu que não responde a provocação, lembrando-se que estava na presença de um parente de sua esposa secreta. Mercúrio, entretanto, que não pode compreender a causa da fraqueza de Romeu, aceita o desafio e, quando Romeu e Benvólio procuravam apartar os dois contendores, Mercúrio é morto, o que faz com que Romeu mate, também, Teobaldo. O príncipe  bane o infrator da lei, que se refugia na cela de Frei Lourenço, onde recebe um anel de Julieta com o aviso de que a fosse ver naquela noite. Romeu, assim o fez e, com nascer da aurora, foge para Mântua. Os pais de Julieta, vendo a aflição da jovem, pensam tratar-se de dor pela morte do primo e resolvem casá-la com Páris, primo do Príncipe Escalo.
Julieta, desesperada, procura Frei Lourenço que a aconselha a fingir a aceitar o casamento e lhe dá um remédio com o qual,  depois de tomá-lo, pareceria morta. Sua família, acreditando realmente que ela tivesse falecido, a colocaria no túmulo dos Capuletos, onde Romeu iria encontrá-la. Julieta aceita o plano de Frei Lourenço e tudo acontece como fora previsto. Toma o remédio, cai em estado de letargia e os Capuletos, acreditando-a morta, promovem o enterro da jovem.
Mas, a carta de Frei Lourenço relatando o plano a Romeu não chega a seu destino. Romeu sabe da morte de Julieta por outra fonte. Desesperado, resolve arriscar a vida. Compra um mortal veneno a um farmacêutico, e volta para Verona. Chegando ao túmulo dos Capuletos, encontra-se com Páris que lá fora colocar flores no túmulo de sua noiva. Nova luta e Romeu mata Páris. Entrando na sepultura, Romeu bebe o veneno que trouxera e morre diante do corpo de Julieta, a quem ele julga morta. Quando Frei Lourenço chega e acorda Julieta, ela vê, horrorizada, morto o seu esposo. Apanhando a adaga, suja de sangue, que Romeu deixara caída no chão, ela se mata, igualmente, com a arma de seu amado. Entram as duas famílias e Frei Lourenço relata o sacríficio dois amantes em razão do ódio existente entre suas famílias. Arrependidos, apertam as mãos jurando esquecerem para sempre as diferenças existentes entre as duas Casas.

Dados Históricos
A Tragédia de Romeu e Julieta é considerada verídica, citando-se mesmo como tendo-se passado nos primeiros anos do século XIV. Apesar disso, é tema muito antigo, já existindo na literatura grega história semelhante. Luigi da Porto é o primeiro a usar o nome de Romeu e Julieta. Bandello adapta a história que foi traduzida para o francês por Pierre de Boisteau de Launay. Artur Brooke traduziu desta última fonte em versos ingleses, dando-lhe o título de Tragical History of Romeo e Juliet, com o qual publica o poema em 1562. Foi daí que Shakespeare tirou inspiração para sua tragédia, que segue fielmente a versão de Brooke. Este último diz ter visto representar o mesmo argumento, o que faz os estudiosos acreditarem ter Shakespeare feito uso de uma peça ainda mais antiga, posssivelmente La Hadriana, tragédia de Luigi Groto, mas tal versão está desaparecida, só existindo hoje a que foi inspirada na obra de Brooke. Foi reapresentada entre 1596-7 e apareceu em edição in quarto, em 1597.
Personagens:
Escalo, principe de Verona
Páris, jovem nobre, parente do príncipe
Montecchio e Capuleto, Chefes de duas famílias inimigas uma da outra
Um velho, da família dos Capuletos
Romeu, filho de Montecchio
Mercúrio, parente do príncipe e amigo de Romeu
Benvólio, sobrinho de Montecchio e amigo de Romeu
Teobaldo, sobrinho da Senhora Capuleto
Frei Lourenço e Frei João, Frades franciscanos
Baltazar, servidor de Romeu
Sansão e Gregório, servidores de Capuleto
Pedro, servidor da Ama de Julieta
Abraão , criado de Montecchio
Um boticário
Três músicos
Pajem de Mercúrio
Pajem de Páris
Outro pajem
Um oficial
Senhora Montecchio, esposa de Montecchio
Senhora Capuleto, esposa de Capuleto
Julieta, filha de Capuleto
Ama de Julieta
Cidadãos de Verona, Homens e Mulheres, parentes de ambas as famílias, Mascarados, Guardas, Aguazis e Séquito
Cena: Verona e Mântua

A história de Romeu e Julieta é conhecida por todos, se não for pelo livro, pelo menos em filmes, teatro ou música. Por isso, não preciso descrever a história e me aterei em alguns detalhes.
As famílias Montecchio e Capuleto são rivais. O amor dos dois jovens representa o amor ideal. Na obra de Shakespeare esta peça representa uma tragédia de amor. Na peça existem 26 personagens, entre os criados, os cidadãos, a guarda, os pajens, a criadagem, os portadores de tochas e os mascarados. (veja a relação acima)
O Coro resume todo o enredo:
"Na bela Verona, onde situamos nossa cena, duas famílias iguais na dignidade, levadas por antigos rancores, desencadeiam novos distúrbios, nos quais o sangue civil tinge mãos cidadãs.
Da entranha fatal desses dois inimigos ganharam vida, sob adversa estrela, dois amantes, cuja desventura e lastimoso fim enterram, com sua morte, a constante sanha de seus pais.
Os terríveis momentos de seu amor mortal e a obsessão de ódio das famílias, que somente à morte de seus filhos pode acalmar, serão, durante duas horas, o assunto de nossa representação.
Se à escutardes com atenção benévola, procuraremos remir-nos com nosso zelo das faltas que houver.
A primeira cena, começa pelos criados das 2 famílias e finalizando com a chegada do principe. Os criados, como parte integrante das famílias , assumem as disputas dos amos sem questionamentos:
"Gregório- A querela é entre nossos amos e entre nós, seus criados.."
O Frei Lourenço, representa a boa conduta e autoridade da igreja:
"Frei Lourenço- Vinde, vinde comigo e agiremos rapidamente; porque, com vosso consentimento, não vos permitirei permanecer sós, até que a Santa Igreja, vos haja incorporado os dois em um só."
E Frei Lourenço aconselha Romeu:
"Frei Lourenço- Esses transportes violentos têm um fim igualmente violento e morrem em pleno triunfo, como o fogo e a pólvora que, ao se beijarem, se consomem. O mais doce mel é repugnante pela própria delícia e estraga o apetite pelo seu excelente gosto. Ama,.portanto, moderadamente, assim se conduz o verdadeiro amor. Tão tarde chega quem depressa demais vai, como quem vai por demais lentamente.(Entra Julieta). Está chegando a dama! Oh! jamais roçará em pé tão de leve o sílex eterno! Um apaixonado poderia cavalgar, sem cair, os tenuíssimos filamentos que se espreguiçam no ar alegre do verão. Como é leve  a vaidade!".
A presença da ama representa uma contra-balança com o Frei Lourenço, prestativa e com características um pouco vulgares. 
Nesta peça, percebemos a morte, o relacionamento amoroso e até questões sociais.
No livro, no rodapé, existem explicações de algumas frases e expressões, o que auxilia muito na leitura.
A mesma é encerrada com o príncipe:
" Príncipe- Uma lúgubre paz acompanha esta alvorada. O sol não mostrará seu rosto por causa de nosso luto. Saiamos daqui para falarmos mais demoradamente sobre estes tristes acontecimentos. Uns serão perdoados e outros punidos, pois nunca houve história mais triste do que esta de Julieta e Romeu. (Saem)"  


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29 abril 2012

Meme Literário -Março/12

Meme LiterárioMeme Literário hospedado pelo A Leitora

1) Quais os livros que você leu?
O mês de março foi bem proveitoso, consegui ler todos os livros dos desafios que participo. Um total de 5 livros.
    1.Amantes do Deserto de Penny Jordan
    2.1984 de George Orwell
    3.Madame Bovary de Gustave Flaubert
    4.A Cadeira Vazia de Jefferey Deaver
    5.Noite de Reis de William Shakespeare

2) Qual a melhor leitura?
Fica bem complicado dizer qual foi o melhor: um livro de banca, que te faz sonhar e torcer pela mocinha.Três livros clássicos:; cada um marcando uma época. Para não ficar em cima do muro, escolho Madame Bovary, acho que foi um marco na literatura, em razão de tratar da traição de uma mulher sob um ponto de vista realista para a sociedade da época.

3) Desejo do mês?
Continuar a cumprir as leituras dos desafios, já que nos meses anteriores não consegui.

28 abril 2012

Resenha- O Falcão do Norte de Sandra Marton

O Falcão do Norte
O Falcão do Norte
Sandra Marton
Título Original: The hostage of  the hawk
Tradução: Nancy de Pieri Mielli
Júlia nº 794
Romances Nova Cultural
Nº de páginas: 125


Cidade de Casablanca. Sam Bennett e sua filha Joanna estão na cidade para fechar um negócio de exploração da Bennettco com Abu Al Zonad. Mas, Khalil - o falcão do norte- pode impedir esta negociação.Ele se esconde exatamente nas montanhas onde será feita a exploração.
Como Bennett não poderá ir ao encontro com Falcão do Norte, por estar acamado, Joanna propõe ir no seu lugar. E o pai sugere que seja oferecido suborno.
Em troca do encontro, Joanna pede a vice-presidência, não que ser mais a vitrine da empresa.
O encontro é marcado, mas já começa mal. Joanna da entender que é o filho de Bennett e Khalil resolve ir pessoalmente, enquanto Joanna pensa que seria o seu representante.
O encontro não poderia ter sido pior:
"- Que espécie de mal-entendido a levaria a pensar que eu concordaria em discutir o futuro de meu país com uma mulher?"
E ela nem sabia de se tratar do Falcão do Norte. E ainda por cima lhe ofereceu dinheiro. 
"A raiva fez as palavras dançarem ante seus olhos. A mulher o chamara de teimoso, egoísta e déspota e agora tentava comprá-lo como se fosse um ladrão."
Ele a convida para comemorarem o acordo com champanhe em outro local. No caminho, mais conversa pouco amistosas. Até ela perceber que eles não iam beber.
"E então surgiu a pior das perguntas: aquela que seu cérebro aturdido evitara propor.
Qual a razão do sequestro?"
Ele a levou até o seu palácio nas montanhas e a manteve como uma prisioneira. Mas tinha liberdade de andar pela casa.
Khalil informa que a libertaria assim que o pai de Joannna concordasse com as suas condições ou seja que ele desistisse do contrato.Khalil explicara a Joanna que Abu Al Zouad não era o que ela pensava.
Os dias se passaram, até que Joanna conseguiu bolar um plano de fuga. E fugiu.Mas, sem conhecer o caminho e perseguida pelos homens de Khalil viu que não teria muita chance.
Conseguiu se esconder, só que ela ouviu um barulho. Alguns homens entre eles, Abu. Imaginou, ele reunira alguns homens para salvá-la. Estava quase se revelando para o grupo quando foi surpreendida.por Khalil. 
Ele a levou para uma caverna e revelou que Abu não viera para salvá-la. E tiveram a sua primeira noite de amor.
Joanna escutou um barulho e foi averiguar: eram os homens de Abu.
Ele disse:" Não esqueci de nada. Você é uma mulher que foi raptada por um bandido. O que quer que lhe aconteça será culpa dele, não minha."
Para que Abu não matasse Khalil, Joanna o maltratou o desprezando.
Chegaram os homens de Khalil e conseguiram prender Abu.
Assim que termina o confronto Khalil disse:
"Agradeça por eu não ser o bárbaro que julga. Levem-na direto para Casablanca."
Em Nova York, Joanna fica sabendo que Khalil está na cidade para conseguir financiamento para seu projeto de mineração. O pai de Joanna aproveita a ida a uma recepção para denegrir a imagem de Khalil dizendo que ele era um tirano e um bárbaro.
Mas Joanna não permite e fala aos reporteres:
"-Mentira! Joanna afirmou, decidida. O príncipe Khalil jamais pediu dinheiro para me libertar, e muito menos propinas. Ele é um homem bom e decente. Meu pai é que está tentando manchar seus nome.
Khalil assistiu a reportagem e foi ao encontro de Joanna.

Momento Hot
"Ele falara em transformá-la em chamas, mas ele era o fogo.Seu beijo parecia queimá-la de tão quente . Sua língua explorava com a maciez da seda."
"

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Saindo da Estante - O Falcão do Norte

O Falcão do Norte  O Falcão do Norte
                                 Hostage of the hawk
                                 Julia 794
                                 Sandra Marton
                           
Sandra Morton:
Sempre acreditou na magia dos contos e nos finais felizes com aquele alguém especial. Ela escreveu seu primeiro conto romântico aos nove anos de idade e se apaixonou perdidamente aos dezesseis pelo homem que, depois, se tornou seu marido. Hoje, após criar dois filhos e uma porção de criaturas peludas, de quatro patas, Sandra e seu marido vivem em uma casa no topo de uma colina, em uma área tranquila de Connecticut  

Resenha: Contos Coreanos

Contos Coreanos
Contos Coreanos
Ha Krm-chan, Kim Tong-ni, Kim Tong-in, Fim Yu-jung, Son Chang-sup, Hwang Soon-won, Han Mahi-sook, Cho Sun-jak,Choi In-ho
Tradução de Luís Palmery
São Paulo
Edições GRD(Rio de Janeiro)
Rio Arte, 1985
Contos: Literatura coreana

Orelhas
Os contos coreanos apresentados neste volume representam uma abertura da GRD e do Rio-Arte para uma literatura até aqui desconhecida no Brasil.. País profundamente marcado por uma história de guerras prolongadas até nossos dias, quando a nação está separada em 2 repúblicas, a Coréia tem sido, desde tempos imemoráveis,  a pátria de um dos mais refinados povos asiáticos, com uma extraordinária sensibilidade para as letras e para as artes. Desde o século VII, quando os coreanos adotaram os caracteres chineses, introduzidos no país, em alguns círculos, já 200 anos antes de Cristo, floresceu, entre as classes aristocráticas, uma literatura altamente sofisticada.
Antes disso, porém, as letras coreanas ofereceram alguns dos mais belos textos da história, como "O Canto dos Pássaros Amarelos", uma passagem lírica de um poema de amor escrito dezessete séculos antes de Cristo por um rei dos tempos do reino de Kokorid, e que se chama "O Rei Yuri e suas esposas.

De Gerardo Mello Mourão
Viajei as duas Coréias de Norte a Sul. Algumas das belas paisagens do mundo compõem suas províncias. Mas a mais bela das províncias coreanas é, sem dúvida, o contexto de artes e de letras que floresce na Coréia do Sul, onde a dança, a pintura, a poesia e a ficção crescem sempre novos, como as flores amarelas e cor-de-rosa de seus campos, brotadas da raiz milenar. Lembro-me de haver perguntado um dia ao Diretor da Escola de Dança de Seul há quantos anos funcionavam seus cursos: "há 1.600 anos" - foi a resposta.
Assim são esses contos: estupendamente modernos em sua tessitura, eles guardam a pungente beleza dos milênios dessa Coréia do Sul, que as pessoas geralmente conhecem apenas como um formidável empório industrial e comercial da Ásia - um novo Japão - mas que é também um país cujo povo cultiva todas as belezas do espírito. Estes contos, recolhidos e traduzidos por um brasileiro Luís Palmary, que vive desde muito anos em Seul, são simplesmente fascinantes.

Contos Coreanos
O Sofrimento de duas gerações de Ha Kem-chan
A Rocha de Kim Tong-ni
Batatas de Kim Tong-in
Tempo de Camélias de Kim Yu-jung.
Sonho Abandonado de Son Chang-sup
Aguaceiro de Hwang Soon-won
Estrelas de Hwang Soon-won
K de Han Mahi
Tapume Pintado de Cho Sun-jok
O outro quarto de Choi In-ho



Escolhi este livro de contos, imaginando que fossem contos antigos, tipo lendas do país. Não eram. A escolha pelo povo coreano, foi por ser diferente. Do Japão já temos muitas referência. A Coréia é um país sofrido, tendo vivido em guerras.
O livro foi escrito por vários autores, por nós desconhecidos. Pesquisei na internet, para conhecer o estilo dos autores, mas não encontrei nada. Apenas uma pequena bibliografia no próprio livro.(Entrando e Saindo da Estante). Alguns destes escritores ganharam prêmios em seu país
O livro é composto por 10 contos, cada um de um autor, aliás, dois contos são do mesmo autor( Aguaceiro e Estrelas de Hwang Soon-won) e tem uma escritora( K de Han Mahi-sook). Em cada conto, uma descrição de como o povo vive, retratando pessoas pobres com seus dilemas segundo os costumes locais.
Nos contos você sente um povo sofrido, que não tem nenhuma chance de realizar seus sonhos. Os finais dos contos me decepcionaram um pouco, não eram como imaginava que terminariam. Você espera um “happy end” e neste livro não é isso que acontece. Você se surpreende. É a realidade nua e crua. A vida como ela é.
Não é ruim de ler, apenas eu não estava preparada para essa realidade. Vale a pena ler.


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27 abril 2012

Entrando e Saindo da Estante


Porque Entrando e Saindo da Estante?

São livros que peguei emprestado na biblioteca ou de alguma pessoa.
Bom, não achei foto do livro.

A literatura e as artes da Coreia do Norte são controladas pelo Estado, sobretudo através do Departamento de Propaganda e Agitação ou Departamento de Cultura e Artes do Comitê Central do KWP. .A cultura coreana foi atacada durante governo japonês de 1910 a 1945. O Japão aplicava uma política assimilação cultural. Durante o governo japonês, os coreanos foram encorajados a estudar e falar japonês, adotar o sistema japonês de nomes de família e a religião xintoista; foi proibido falar o escrever a língua coreana nas escolas, no trabalho, ou em praças públicas.] Além disso, o Japão alterou e destruiu vários monumentos coreanos incluindo o Palácio Gyeongbok e documentos que retratavam os japoneses em um ponto de vista negativo.

Coreia do Sul partilha a sua cultura tradicional com a Coreia do Norte. Ao longo dahistória, a cultura coreana foi influenciada pela da China. Hoje, os papéis invertem-se, com uma crescente influência coreana na China no que diz respeito à música popular, cinema,moda e aos programas de televisão (hallyu).
A cultura tradicional também foi influenciada pelo budismotaoísmo e confucionismo. Muitos grandes sábios e filósofos viveram na Coreia, mas são pouco conhecidos no exterior devido ao antigo isolacionismo do país.
Desde a sua divisão em dois estados separados, as duas Coreias desenvolveram distintas formas culturais contemporâneas.
Como uma forma de treinamento militar, o Exército Sul-Coreano usa uma técnica de auto-defesa chamada taekwondo, na qual os movimentos básicos são os chutes. (Wikipédia)


Ha Kem-chan (1931)
Nascido no Sul da Coréia, filho de escritores, leu durante a infância e adolescência os grandes autores nacionais e estrangeiros. Depois da formatura no curso de arquitetura, en 1957, estreou na carreira literária, ganhando o prêmio do jornal HankanK Ilho. Por algum tempo trabalhou como jornalista. É um dos principais escritores de romances de costumes e também é filiado ao regionalismo.
Obras: Romances: Duas gerações de sofrimento
                             A barba de papel branco
                             História da Ilha da Lua
                             O sapo de Seul

Kim Tong-ni
Nasceu em 1913, na cidade de Kyong-ju, a antiga capital da Dinastia Silla, na costa sudeste da península coreana.Começou a publicar histórias em 1934. A atividade literária de Kim Tong-ni foi frustada temporariamente pela opressiva política colonial japonesa quando se recusou a cooperar com aquele governo. Depois da Liberação, em 1945, entretanto, ele mostrou uma forte oposição a organizações literárias de esquerda, que obscureceram a situação literária coreana até a explosão da guerra da Coréia. Um escritor criativo por natureza, kim Tong-ni tem muitos volumes de histórias reunidas, além de inúmeros romances e teses de crítica. As suas Obras selecionadas, de cinco volumes foram publicadas em 1968. Sua longa e notável carreira tem sido distinguida por muitos prêmios literários, incluindo o Prêmio da Academia de Artes da Coreia e o Prêmio Cultural Primeiro de Março. Embora seja um escritor muito versátil, suas obras anteriores, reunidas em A feiticeira e outras histórias(1946), inspiradas nas crenças populares coreanas, são ainda consideradas sua mais original contribuição para a literatura moderna da Coréia.

Kim Tong-in (1900-1951)
Romancista, nascido em Pyong-yang, ao norte da Coréia, concluiu o curso ginasial no Instituto de Meiji, em Tóquio, e formou-se pela Escola de Arte Kawabata (também no Japão). Em 1919, quando se deu o primeiro movimento de insurreição contra a colonização japonesa, retornou à Coréia. Data deste ano seu primeiro livro, A tristeza dos fracos, publicado na revista A Criação, que foi também a primeira revista literária coreana. Por causa deste livro ficou preso sob custódia da polícia japonesa durante quatro meses. Em 1925, participou do movimento "Arte pela Arte", contrariando os grupos de iluministas e de socialistas que dominavam os movimentos literários coreanos nas décadas de 20 e 30. Escreveu romances e contos de frases curtas em estilo simples e realista.
Obras: Romances- Mulher, Os jovens, Príncipe Su Yan, A primavera no palácio Unhyeon.
           Contos: Betaragui, Batatas, Morro Vermelho

Kim Yu-jung (1908-1937)
Escritor realista, nascido em Tchun-Tchyon, perto da capital da Coréia. Em 1933, abandonou o curso de literatura coreana, ligando-se ao grupo "9 membros" que se posicionava pela "arte pura" contra as manifestações ideológicas do grupo socialista. Sua estréia ocorreu em 1935, quando ganhou vários prêmios nos concursos do ano, promovidos pelos grandes jornais coreanos. Sua vida literária, contudo, foi de curta duração: produziu durante apenas dois anos, falecendo prematuramente, aos 30 anos. De origem humilde e caráter melancólico, descreveu de tristeza e de um lirismo sertanejo, destacam-se pela linguagem densa e pela escolha das palavras exatas, onde o pessimismo aparece contrabalançado por observações cheias de humor.
Obras: Chuva, Bonança, Viajante do sertão, Os miseráveis.

Son Chang-sup
Nasceu em Pyong-yang, Coréia do Norte, em 1922. Foi educado neste país e no Japão. Suas histórias começaram a aparecer em revistas e jornais em 1949. O público reconheceu sua excepcional qualidade, a habilidade de criar personagens excêntricos que foram imediatamente identificados como personagens do após-guerra dos anos 50. Son Chang-sup publicou seis romances e uma inumerável quantidade de histórias menores, das quais algumas foram reunidas em coleções, como O dia chuvoso (1959) e Obras representativas de Son Chang-up (1969).  

Hwang Soon-won
Nasceu na província de Pyone-an Namdo, em 1915. Formado pela Universidade de Waseda, no Japão. Hwang Soon-won começou sua carreira literária como poeta e depois como escritor de histórias e romances. Como poeta e romancista, suas obras são marcadas por uma compreensão excepcional do lirismo coreano. Sua longa carreira trouxe-lhe muitos prêmios e recompensas. Duas coleções de suas obras, cada uma com seis volumes, foram publicadas em 1964 e 1968. Foi também professor de Literatura na Universidade de  Kyung-hee desde 1957.

Han Maht-sook
Escritora, nascida em Fusan, no sul da Coréia. Formada em artes. No mundo literário começou como ilustradora. Em 1941, lançou o romance A carregadora do lampião, em que descreve a vida dura e as dificuldades de relacionamento da mulher coreana no casamento. Em 1943, foi premiada três vezes consecutivas com romances: A carregadora do lampião, A história continua e a peça Cidade.  Sua obra reflete a contradição de sua própria vida na tentativa de conciliar a liberdade, desfrutada pela mulher ocidental, com a submissão da mulher coreana.
Obras: Romance- A história continua, A carregadora do lampião, Degraus de luz, O dia da partida, O                    
retorno, O velho Kim.
           Traduções: O anjo, A sombra, Nas profundezas
                             In the depths (1965)
                             The running water hermitage (1966) 

Cho Sun-jak (1950)
Nascido em Tae-Chum, no centro da Coréia, foi professor de escola primária. Com o lançamento do conto Sepultura do patriota, em 1971, abandonou a carreira de professor. Fez grande sucessos com o romance A época de ouro de Young-in, que conta a história de uma prostituta. Por causa desse livro sofreu durante algum temp a pecha de escritor vulgar. Suas obras, em geral, mostram a contradição e o absurdo da sociedade moderna, através de descrição do fenômeno de degeneração da juventude perdida na miséria das cidades grandes.
Obras: Romances- Avant-Premiere, A época de ouro de Young-in, A muralha, Concurso de desenho, O    
                             nariz de Kyung-in, O fio de alta tensão.
           Comtas;-Sepultura do patriota 

Choi In-ho (1945)
Nascido em Seul, capital da Coréia, formou-se em literatura inglesa e norte-americana. Estreou no mundo literário ganhando o prêmio do jornal Hankuk Ilbo, em 1968. No início da carreira tomou como tema principal  o mundo jovem universitário, descrevendo a vida e a movimentação dos estudantes. Na década de 70 passou a ser considerado um dos porta-vozes da cultura dos jovens universitários. Fez grznde sucesso com o lançamento de A terra natal das estrelas e A marcha dos idiotas descrevendo o sofrimento e a luta dos jovens contra as contradições e o absurdo da sociedade coreana. Foi o primeiro escritor coreano a ganhar pão de cada dia com a literatura. Recebeu vários prêmios e teve quase toda sua obra filmada. È um dos escritores mais lidos e de maior prestígio na Coréia.
Obras: Romances- A lenda dormente, Horrível vingança, O retrato de pedra, A grande herança, A terra natal das estrelas, A marcha dos idiotas, Moinho de vento do meu coração, O caçador urbano, Pássaro de fogo, Quarto do outro, A flor do Equador..
Contos- A aprendizagem do paciente, Canção d' alma..

26 abril 2012

Visitas aos blogs

Uma visita a um blog pré-determinado(seguidores e seguidos) durante uma semana (de Domingo até Sábado).
E assim, colocar em dia o que está acontecendo em cada blog. 

Uma coisa que não me conformo é não poder acompanhar os blogs assiduamente como gostaria.
Então, tive uma ideia. Porque não visitá-los durante uma semana(de Domingo a Sábado) e comentar o que aconteceu durante a visita. Assim eu poderia acompanhá-los com um pouco de regularidade.
Feito. Começarei a visita pelos blogs que me seguem e depois pelos que sigo.
O primeiro blog a receber a visita será: Detalhe Feminino.
Que por sinal é da minha irmã.
Acredita que até agora ainda não vi o blog.

22 abril 2012

Desafio Literário: Livros de A a Z

Mais um desafio. Ele está hospedado no Blog Cultivando a Leitura.
Você tem que preencher o alfabeto com o nome dos livros que você leu durante o ano. Lembrando que livros que comecem com artigo não conta. Resolvi fazer.


Começando este mês(abril/12) provavelmente não completarei a lista. Mais existe o próximo ano, né.

21 abril 2012

Desafio 20 livros a menos na sua pilha de leitura


Estou a muito tempo querendo fazer este desafio. Já vi em vários blogs, e hoje passei por ele de novo no Blog Letras de Chá resolvi participar. Vamos as regras:

  1. Cada participante deverá ler 20 livros no decorrer do desafio, durante esse período COMPRAR LIVROS NOVOS ESTÁ PRATICAMENTE SUSPENSO.
  2. Livros de parceria não contam nesse desafio - nem como compra, nem como livro lido.
  3. Livros emprestados também não contam nesse desafio.
  4. Caso algum participante fure o desafio, ele deverá comprar um livro para todos os outros participante como forma de punição (preço máx: R$20,00).
  5. As compras de livros não estão totalmente suspensas. Se você já leu algum livro emprestado, ou por e-book e deseja comprar o livro, está liberado. Somente está suspensa a compra de livros que irão aumentar sua pilha de leitura.
  6. O desafio não tem prazo definido. Acaba quando todas conseguirem ler os 20 livros determinados.

Quem quiser participar é fácil não tem que preencher nenhum formulário é só ter o compromisso de seguir a lista.

Bem, na verdade, eu vou modificar um pouco as regras para atingir os meus objetivos.

1. Ler 20 livros e durante o período comprar livros novos está praticamente suspenso
2. Vale livro emprestado.(Participo de vários desafios e alguns que lerei pegarei na biblioteca)
3. No caso de não resistir e comprar um livro, aumento um livro na lista.
4. A lista poderá ser alterada de acordo com as necessidades de leitura.
4. O desafio não tem prazo definido.

Agora, vou organizar a minha lista e depois publicá-la.


20 abril 2012

Que tal fazer um pouco de Ginástica Mental?

Que tal fazer um pouco de Ginástica Mental? 

Que tal fazer um pouco de Ginástica Mental?


...e melhorar a saúde do corpo físico?

Sente-se numa cadeira de encosto reto e assento firme, madeira de preferência. Fique na metade da frente do assento para poder se movimentar melhor. Pés paralelos, pernas afastadas, na direção dos quadris. Respire calma, profunda e lentamente, mas sem esforço algum. Olhe para o lado direito, até lá atrás. e observe até onde seus olhos conseguem enxergar, sempre sem forçar, e registre esse ponto. Faça o mesmo para o lado esquerdo e também registre o ponto até onde você consegue enxergar.

1. Agora você vai fazer movimentos apenas para o lado direito e sempre na sua expiração. Inspire e na expiração gire a cabeça, sem forçar, para o lado direito. Inspire e retorne na expiração. Mais uma vez: inspire e na expiração gire a cabeça para a direita. Inspire e retorne na expiração. Faça esse movimento 8 vezes, pouco menos se você não tiver muito tempo. E descanse um minuto, respirando calmamente e prestando atenção na respiração.

2. Inspire e na expiração gire a cabeça para a direita, mas desta vez mantendo o olhar fixo à sua frente. O movimento vai ser menor e mais difícil, mas faça as mesmas 8 vezes, inspirando e girando a cabeça para a direita na expiração, mas sempre com o olhar fixo à frente.

3. Agora repita o primeiro movimento, com a cabeça girando solta para a direita, sempre da mesma forma - movimento na expiração - e 8 giros lentos, tranqüilos, prestando atenção na respiração e procurando não alterá-la.

4. Agora a cabeça fica fixa para frente, os olhos giram um pouco, o pescoço e os ombros também. Sempre para a direita e sempre 8 vezes.

5. Repita novamente o primeiro movimento. E observe o que começa a acontecer.

6. Desta vez, a cabeça e os ombros vão girar para a direita, mas os olhos vão virar para a esquerda. É um pouco desconfortável, mas daqui a pouco você verá os resultados. Faça as 8 vezes de sempre.

7. Faça de novo o primeiro movimento, cabeça, ombros, tronco, olhos, tudo girando para a direita e cada vez mais soltos. E observe. Pode sorrir, porque de fato é engraçado.

8. Agora, apenas o joelho esquerdo se move, bem pouquinho, para frente. Deixe o resto do corpo solto, se movimentando naturalmente. Provavelmente, o ombro esquerdo irá um pouco para frente e a cabeça pode girar naturalmente para a direita. Joelho para frente 8 vezes, sempre na expiração.

9. Finalmente, repetimos o primeiro movimento, com o joelho esquerdo indo para a frente e cabeça, tronco, ombros, olhos, tudo girando livremente para a direita. E você observa até onde o seu olhar alcança agora. Mudou, não mudou? Pois é, com poucos movimentos, bem suaves, você já conseguiu destravar um pouquinho seu pescoço e seus ombros. E isso é ótimo para melhorar também a saúde dos olhos, porque com ombros e pescoço travados seus olhos recebem menos oxigênio, menos sangue e menos energia prânica, a energia de vida que no Yoga se chama Prana e no Chi Kung recebe o nome de Chi.

Bem, agora você vai repetir o exercício, exatamente da mesma maneira, para o lado esquerdo, com apenas uma 'pequena' diferença: você não vai se mexer, vai apenas visualizar, imaginar, 'ver' mentalmente o movimento e sentir como se estivesse de fato fazendo-o.
Fica mais fácil fazer esta parte do exercício se você gravá-lo ou pedir para alguém ler para você.
Repita toda a série, exatamente igual, como você fez fisicamente para o lado direito, só que desta vez é para a esquerda e mentalmente, o corpo não se mexe - ou se mexe um pouquinho, mas independente de sua vontade.

Ao terminar a série inteira, abra os olhos lentamente e aí, sim, você vai fazer o movimento físico para o lado esquerdo. Gire cabeça, ombros, pescoço, tórax e ajude o movimento com o joelho direito se movendo um pouquinho para frente. E observe atentamente até onde o seu olhar consegue alcançar, agora para o lado esquerdo.
Mudou alguma coisa? Você está surpreso? Normalmente, o resultado deste exercício é igual, ou quase, para os dois lados, embora você só tenha feito o exercício 'realmente', fisicamente, para o lado direito. Para o lado esquerdo você só imaginou, visualizou, não se mexeu nem um pouquinho...

Este exercício, baseado em ensinamentos bem antigos do Chi Kung chinês, e também da técnica criada por Moshe Feldenkrais, comprova que é possível fazer ginástica sem se mexer, só imaginando. Esse fato é muito importante para você trabalhar seu corpo, inclusive quando você está adoentado ou para pessoas muito idosas, que já não têm facilidade para fazer ginástica física. Faça e comprove os resultados.
Claro que os resultados desses exercícios são melhores seguindo técnicas mais suaves como Yoga, Tai Chi, Chi Kung etc, e muito menos com as técnicas da malhação, porque com estas o cérebro normalmente não consegue entender o que a pessoa pretende.
E há também bastante gente tendo bons resultados com a prática da ginástica mental e de visualização para melhorar o seu 'visual' físico. Experimente. Basta imaginar, visualizar, 'sentir' como você quer ser.

NEURÓBICA
Mendigo fumante descobre que para fazer um cigarro inteiro basta colar 5 bitucas (pedaço de cigarro fumado e jogado fora). Sai andando pelas ruas e consegue juntar 21 bitucas. Quantos cigarros ele consegue fazer?
Responda para roberto@jalternativo.com.br e acertando você ganha uma edição do Jornalternativo impresso.

Roberto Inácio é jornalista (há 46 anos), foi publicitário, radialista, é diretor-proprietário do Jornalternativo e é autor do livro Yoga para os Olhos e do DVD Yoga no Computador. É terapeuta energético e dá cursos de Pranaterapia e Radiestesia.
Veja também o site do Jornalternativo.


19 abril 2012

Ocupe – Desocupe

Livro vendido a preço de custo reúne artigos de pensadores como David Harvey, Mike Davis e Slavoj Zizek sobre o movimento Occupy

A mobilização política que se iniciou na Tunísia e se espalhou como um rastilho pelo mundo em 2011 é tema do livro Occupy – Movimentos de Protesto Que Tomaram as Ruas, que, condizente com a proposta do movimento que dá título ao livro, será vendido a preço de custo.
Para isso, todos os autores cederam os direitos autorais sobre seus textos. Entre eles, estão o filósofo esloveno Slavoj Zizek, o geógrafo britânico David Harvey, o historiador americano Mike Davis e o escritor paquistanês Tariq Ali, além de autores brasileiros como o sociólogo Emir Sader.
A obra analisa a história e os desdobramentos do movimento que, através da força das ruas, derrubou ditaduras no Norte da África e se espalhou pelo Ocidente.
O livro será lançado no Espaço Revista CULT (R. Inácio Pereira da Rocha, 400, SP, tel. 011 3032-2800) 04/04, em debate com o colunista da CULT Vladimir Safatle, o filósofo Edson Teles e o cientista social Giovanni Alves.
Occupy – Movimentos de Protesto Que Tomaram as Ruas
Vários autores 
Boitempo
88 págs.
R$ 10

Fonte: Cult

18 abril 2012

Palco Giratório leva teatro, dança e circo a 122 cidades

Festival percorre todos os estados brasileiros com apresentações itinerantes

A 15ª edição do Palco Giratório, uma iniciativa do SESC, percorrerá ao longo do ano todos os estados brasileiros com apresentações itinerantes de teatro, dança e circo.
São 16 companhias de teatro e dança circulando por 122 cidades, fazendo, ao todo, 701 apresentações. Além das performances artísticas, o Palco Giratório realizará oficinas, intervenções urbanas, intercâmbios culturais, debates e palestras destinadas a estimular e decodificar os diversos processos criativos.
O evento, que começou em 31 de abril no Ceará, Fortaleza, acontece até dezembro. Para ver a programação completa, acesse www.sesc.com.br/palcogiratorio.
Fonte: Cult

17 abril 2012

Tropicalismo pop

Caixa reúne material inédito do escritor e músico José Agrippino de Paula, precursor da Tropicália


José Agrippino de Paula (1937-2007) é “um óvni que encaramito e modernidade”, nas palavras do músico Arnaldo Antunes, ou “a compreensão poética de demiurgo”, segundo o cineasta Carlos Reichenbach, e “uma espécie debaile muito doido”, para o escritor Mario Prata.
As definições atribuídas ao escritor e músico estão no livreto que integra Exú 7 Encruzilhadas (R$63, Selo SESC), uma caixa dedicada ao célebre autor de PanAmérica, obra precursora da Tropicália.
A caixa contém um CD com dez faixas inéditas de sua autoria, além de um DVD com dois curta-metragens em super-8 que ele fez na África, sobre o candomblé, e duas entrevistas, concedidas em 1998 e 2005.
Juntamente com o lançamento, entre 12 e 15 de abril o SESC Belenzinho oferece uma série de eventos multimídia gratuitos sobre o artista, misturando música, teatro, cinema e literatura.
Onde: SESC Belenzinho – R. PadreAdelino, 1.000, São Paulo (SP)
Quando: 14/4 a 20/5
Quanto: gratuito
Info.: (11) 2076-9700,www.sescsp.org.br

Fonte: Cult

16 abril 2012

John Lennon, a última entrevista

2 meses antes de ser morto, o cantor concede entrevista, com Yoko Ono, em seu apartamento

DAVID SHEFF
No Dakota, o vigia idoso, que mais parecia um objeto do que um auxiliar, diante do edifício cinza, fantasmagórico, abriu as portas do carro para nós. John saudou o homem pelo nome e, de modo apressado, mas gentil, sorriu para algumas fotos tiradas com um fã que estava esperando desde cedo, apenas para ter a chance de conhecê-lo. Após dois rápidos flashes da câmera, John se encaminhou para a entrada às cegas. Piscando a fim de recuperar a visão, ele parou de repente. “Ops, querida, espero que você esteja com as chaves de casa. Eu me esqueci das minhas”.
Yoko não respondeu, mas usou suas chaves para chamar o elevador. John me olhou encabulado. “Eu nem precisava perguntar”, disse com um riso forçado.
Dentro do apartamento, John me guiou por um corredor coberto por fotografias até a cozinha, onde me disse para esperar enquanto ele se arrumava. Yoko tinha se dirigido para outra parte do apartamento. Enquanto eu olhava à volta da imensa cozinha recém-pintada, abastecida com potes de chá e café, especiarias e grãos, ouvi vozes de um quarto distante: uma criança dando risadas e um pai fingindo que lhe dava uma bronca.
“Então, seu malandro, por que ainda não foi dormir? Ah, ha! Muito bem, eu teria lhe dado um beijo de boa noite mesmo que você já estivesse dormindo, seu bobo.”
John voltou para a cozinha completamente revitalizado e, enquanto colocava uma chaleira de água para ferver, explicou que o filho, Sean, não estava acostumado ao novo horário dele e de Yoko, que ficavam até tarde trabalhando no disco. Antes desse projeto, John permanecia em casa praticamente o tempo todo.
Yoko entrou na cozinha vestindo um robe parecido com um quimono, e John preparou três xícaras de chá. “Bem, devemos começar?”, ele perguntou enquanto se sentava.
Olhei para ambos, esperando atentamente, e comecei. “A novidade é esta: John Lennon e Yoko Ono estão de volta”.
De imediato, John interrompeu e, gargalhando, cutucou Yoko. “É mesmo?”, ele brincou. “De onde?”. Sorri e continuei: “Ao estúdio, gravando novamente, pela primeira vez desde 1975, quando sumiram da vista do público. O que vocês fizeram durante todo esse tempo?”.
John virou-se para Yoko, gracejando. “Você quer começar, ou devo eu?”, ele perguntou.
“Você começa”, ela respondeu com firmeza.
“Eu mesmo? De verdade? OK…”. John se reclinou na cadeira, segurando firme a xícara de chá nas mãos, com energia. Enquanto observava o vapor que subia, começou.
Lennon – Eu andei fazendo pão.
Playboy – Pão?
Lennon – E cuidando do bebê.
Playboy – E quais os projetos secretos que guardava no porão?
Lennon – Você está de brincadeira? Não havia nenhum projeto secreto no porão. Pois pão e bebês, como qualquer dona de casa sabe, são um trabalho em tempo integral. Não deixam espaço para outros projetos.
Depois que eu fazia os pães, me sentia como se tivesse conquistado algo. Mas, quando via o pão sendo comido, pensava: Meu Deus! Será que não vou ganhar uma medalha de ouro, ou uma condecoração, ou qualquer outra coisa?
E trata-se de uma tremenda responsabilidade observar se o bebê está recebendo a quantidade adequada de comida e não se empanturra, e se está dormindo o suficiente. Se eu, no papel de mãe, não o colocasse para dormir e garantisse que ele tomasse banho às sete e meia, ninguém mais o faria. É uma tremenda responsabilidade. Hoje, entendo as frustrações daquelas mulheres por causa de todo o trabalho. E, no final do dia, não há um relógio de ouro à espera. [...]
Playboy – Por que você se tornou um dono de casa?
Lennon – Era uma questão de curar a si mesmo.
Ono – Havia uma pergunta: O que há de mais importante em nossa vida?
Lennon – Era mais importante olharmos para nós mesmos e encararmos a realidade do que continuarmos uma vida de rock’n’roll ligada ao show business, subindo e descendo ao sabor dos ventos, tanto do próprio desempenho quanto da opinião do público sobre nós. E havia ainda mais uma coisa.
Vamos usar Picasso como exemplo. Ele apenas se repetiu até a morte. Não é uma questão de negar o imenso talento, mas os últimos 40 anos do pintor foram de repetições. Que não levaram a nada. Que nome se dá a isso? Viver dos próprios louros.
Você entende, em meus trinta e poucos anos, eu me vi numa posição em que, por algum motivo qualquer, sempre me considerei um artista, ou músico, ou poeta, ou o que quer que queiram chamá-lo, e a tal dor do artista sempre foi paga com a liberdade do artista. E a ideia de ser um músico de rock’n’roll de certa forma se adequava a meus talentos e mentalidade, e a liberdade era maravilhosa. Então eu percebi que não era livre. Eu estava encaixotado. Não era somente por conta do meu contrato, embora o contrato fosse uma manifestação física do estado prisional. Considerando isso, eu poderia muito bem ter optado por um emprego de nove às cinco, que estaria seguindo o mesmo caminho. O rock’n’roll tinha perdido a graça. Então, havia as opções padronizadas em meu ramo de atividade: ir para Las Vegas e cantar meus maiores sucessos — caso tenha alguma sorte — ou ir para o inferno, que foi o destino de Elvis.
Ono – Você pode se tornar um estereótipo de si mesmo.
Talvez estivéssemos nesse caminho. Isso era uma coisa que não desejávamos fazer. É o que mais desprezo no mundo artístico. Você pega uma pequena ideia como “tudo bem, sou um artista que desenha círculos”. Então se agarra a ela e a transforma em seu rótulo. Você consegue uma galeria e patrocinadores e tudo o mais. E essa passa a ser a sua vida. No ano seguinte, talvez, você faça triângulos ou qualquer outra coisa.
É uma enorme pobreza de ideias. Assim, se você seguir em frente e fizer isso por cerca de dez anos ou mais, as pessoas se dão conta de que você é alguém que durou dez anos e merece um prêmio [risinhos]. Essa rotina é simplesmente ridícula.
Lennon – Você recebe o grande prêmio quando desenvolve câncer, e passou vinte anos desenhando círculos ou triângulos.
Ono – E, então, você morre.
Lennon – Certo. O maior prêmio de todos é quando você morre – um prêmio realmente grande por morrer em público.
A Última Entrevista de John Lennon
David Sheff
Trad.:Vania Cury
Nova Fronteira
Fonte: Cult
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